Antes mesmo de nossos filhos terem seus primeiros telefones, estabelecemos uma regra familiar: nada de telefones na mesa de jantar. Mas quando a nossa filha mais velha finalmente conseguiu a dela, o constante “ding” de mensagens de texto da outra sala nos forçou a alterar a regra para: Os telefones são desligados durante o jantar. Não demorei muito para perceber que, embora ela tivesse assinado um contrato telefônico, nossa filha ainda precisava aprender boas maneiras digitais.
A Geração Alfa está crescendo cercada por telas, textos e bate-papos em grupo. E além das dicas de segurança na Internet, precisamos ensinar nossos filhos a serem gentis e respeitosos online. A netiqueta para adolescentes e pré-adolescentes começa desde tenra idade. Comece com estas 10 maneiras digitais que toda criança deve conhecer aos 13 anos.
O que é netiqueta?
Netiqueta é simplesmente boas maneiras no mundo digital. Pense nisso como um “por favor” e um “obrigado” em mensagens de texto, postagens e interações online. Significa estar atento ao que dizemos e compartilhamos, ter consideração pelos sentimentos dos outros e estar ciente de que há uma pessoa real por trás de cada tela.
Por que a netiqueta é importante?
Nossos filhos passarão grande parte de suas vidas se comunicando por meio de telas. Um único texto pode fazer ou
romper uma amizade. Uma postagem descuidada pode doer por semanas. E professores, empregadores e até mesmo responsáveis pelas admissões universitárias muitas vezes percebem como os jovens se apresentam online. Ensinar netiqueta desde cedo ajuda as crianças a evitar erros digitais e cria empatia que se estende aos relacionamentos face a face.
Quais são as regras da netiqueta?
A regra de ouro se aplica tanto offline quanto online: “Trate os outros como você gostaria de ser tratado”. Mas online, é um pouco mais sutil, sem ser capaz de ouvir o tom de voz ou captar a linguagem corporal. É por isso que essas 10 maneiras digitais ajudam as crianças a pensar antes de digitar (ou postar) e a lembrar que cada mensagem impacta uma pessoa real.
1. Pense antes de postar ou enviar.
O tom é complicado em mensagens de texto. “Isso é bom.” pode soar como “TUDO BEM 🙄”. Mesmo memes e GIFs que parecem inofensivos podem dar errado.
Como ensinar: Antes de enviar, ensine seu filho a perguntar: “Eu diria isso na cara dela?” Se não, ela não deveria enviar uma mensagem. Encene alguns cenários para mostrar como a pontuação, os emojis e as frases mudam a forma como as mensagens são transmitidas.
2. Desligue o telefone quando as pessoas estiverem conversando.
Nada diz “você não é importante” como olhar para uma tela enquanto alguém fala. Faz as pessoas se sentirem invisíveis. Um pouco de contato visual e um sorriso demonstram respeito e gentileza, seja um membro da família ou aquele adolescente empacotando mantimentos.
Como ensinar: Faça do “telefone virado para baixo” um hábito familiar sempre que alguém estiver falando. Quando você pegar seu filho olhando para o telefone, lembre-o gentilmente de fazer contato visual para mostrar que está ouvindo.
3. Envie uma mensagem de texto como o tipo de amigo que você deseja.
A resposta básica “K” ou positivo pode parecer desdenhosa. Respostas curtas podem involuntariamente fazer com que os amigos se sintam sem importância ou como se a outra pessoa não se importasse com o que estão dizendo. Mas adicionar um pouco de calor, como “Parece bom! Até lá”, torna a leitura mais amigável.
Como ensinar: Desafie seu filho a dar as próximas cinco respostas com pelo menos três palavras. Ao vê-lo enviando mensagens de texto, pergunte ocasionalmente: “Como você acha que essa mensagem fará seu amigo se sentir?” para construir empatia em seus hábitos de mensagens de texto.
4. Peça permissão antes de compartilhar.
Não é permitido compartilhar fotos ou vídeos de amigos ou familiares, encaminhar mensagens privadas, marcar sem perguntar ou capturar imagens de conversas. Embora possa parecer inofensivo (ou engraçado), compartilhar sem permissão pode parecer uma traição à confiança.
Como ensinar: Na próxima vez que seu filho quiser tirar uma foto ou enviar uma mensagem de texto, lembre-o de perguntar primeiro a todos os participantes. Modele isso perguntando a ela antes de postar uma foto dela também. Ensinar netiqueta para adolescentes e pré-adolescentes significa fazer o mesmo caminho nós mesmos.
5. Inclua outras pessoas como faria na vida real.
Uma postagem sobre uma festa do pijama pode doer quando você é a criança que não foi convidada. Até mesmo bate-papos em grupo com piadas internas podem fazer com que os colegas se sintam excluídos. Às vezes, a escolha mais gentil é manter os momentos especiais privados.
Como ensinar: Antes de postar, peça que ela pergunte: “Se eu não estivesse nesta foto, como me sentiria ao vê-la?” Incentive-a a compartilhar momentos de grupo diretamente com as pessoas que estavam presentes, em vez de transmiti-los publicamente, onde poderiam acidentalmente ferir os sentimentos de alguém.
6. Não fantasie seus amigos (ou familiares).
Deixar alguém “ler” para sempre é o equivalente em uma mensagem de texto a ir embora no meio de uma conversa. Pode fazer com que as pessoas se sintam ignoradas ou preocupadas por terem feito algo errado. Mas um rápido “Mandarei uma mensagem mais tarde” mostra respeito.
Como ensinar: Mostre ao seu filho como usar respostas rápidas como “Não posso falar agora” ou “Responderei mais tarde”. E explique que relacionamentos diferentes têm expectativas de resposta diferentes. Você definitivamente espera uma resposta oportuna de seu filho, mas aquele amigo da turma pode esperar até depois do jantar.
7. Lide com divergências offline.
Os argumentos de texto aumentam rapidamente. O que começa como um pequeno mal-entendido pode se transformar em uma briga que acaba com uma amizade. Então, quando as coisas começam a dar errado, ensinar as crianças a ficar off-line é uma netiqueta básica para adolescentes.
Como ensinar: Ajude seu filho a aprender os sinais de alerta de uma discussão. Quando ela sente o coração disparar, quer digitar em MAIÚSCULAS ou se pega relendo (e redigitando) mensagens várias vezes, é hora de enviar uma mensagem de texto: “Ei, podemos conversar sobre isso pessoalmente?”
8. Não exploda o telefone de alguém.
Uma mensagem é suficiente. Doze acompanhamentos com “???????” é basicamente gritar na cara de alguém. Se for urgente ou emergencial, ligue. Caso contrário, praticar a paciência faz parte dos bons modos.
Como ensinar: Diga ao seu filho para esperar 30 minutos antes de enviar uma mensagem de acompanhamento. Se ela estiver preocupada por não receber uma resposta, lembre-a de que as respostas atrasadas geralmente não têm nada a ver com ela e sim com o fato de a outra pessoa estar ocupada.
9. Dê crédito a quem merece.
Pegar o conteúdo de alguém sem o devido crédito pode ferir sentimentos, prejudicar relacionamentos e até mesmo causar problemas com plágio ou questões de direitos autorais.
Como ensinar: Incentive-a a enviar um rápido “Adorei isso! Posso compartilhar e marcar você?” Adquirir o hábito de dar crédito mostra respeito pela criatividade.
10. Proteja o que é pessoal.
Senhas, endereços, compartilhamento de localização e outras informações de segurança pessoal devem permanecer privadas. Compartilhar essas informações pode colocar seu filho e sua família em risco, tanto online quanto offline.
Como ensinar: Use a analogia da “chave da casa”. Pergunte: “Você daria a chave da sua casa para aquele colega?” Ajude-a a identificar o que é considerado informação pessoal acessando seus aplicativos juntos e desativando serviços de localização desnecessários ou informações de perfil público.
Que maneiras digitais você adicionaria a esta lista para ensinar netiqueta a adolescentes e crianças?